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Falar em linguas
Falar em linguas

Segundo a Palavra de Deus, falar em línguas, antes de tudo, é um modo de dirigir-se a Deus, sobrenaturalmente (1 Co 14.2). E todos os crentes podem buscar esse dom, que está atrelado sim ao batismo com o Espírito Santo, um revestimento de poder para quem já é salvo (Lc 24.49; At 1.8). Mas o crente batizado com o Espírito pode também ser agraciado com o dom de variedade de línguas, pelo qual (em conexão com o dom de interpretação de línguas) pode-se transmitir mensagens da parte de Deus para a igreja (1 Co 14.5). As línguas estranhas fazem parte do culto, posto que sequer podem ser proibidas (1 Co 14.37-40; 1 Ts 5.19).

O irmão sugeriu que as línguas faladas, no dia de Pentecostes, foram idiomas aprendidos. Com base em que chegou a essa conclusão? Leia Atos 2.1-4 e veja que os crentes falavam conforme o Espírito lhes concendia que falassem. Ainda que os representantes de nações entenderam as línguas, os emissores não as conheciam. Ademais, o apóstolo Pedro, no mesmo capítulo, explica que o que estava acontecendo era o cumprimento da promessa registrada em Joel 2.28,29, que alude ao derramamento do Espírito Santo.

Segundo a Palavra de Deus, em 1 Coríntios 14, para interpretar as línguas (numa alusão ao dom de variedade de línguas), é preciso orar, haja vista serem elas sobrenaturais, e não idiomas aprendidos (v.13). Quem sabe inglês, por exemplo, não precisa orar para interpretar uma pessoa que fala nesse idioma, não é mesmo?

Quando o apóstolo Paulo disse que nem todos falam línguas, não se referiu ao batismo com o Espírito, e sim ao dom de variedade de línguas, distinção que o irmão desconhece. Aprofunde-se no assunto, pois, em razão de sua dificuldade de compreensão, não poderei avançar em minhas considerações. Mas escrevi o que escrevi para que o irmão e outros que pensem da mesma forma sejam estimulados a estudar mais antes de quererem discorrer sobre o que desconhecem.

Outrossim, não confunda o batismo com o Espírito Santo (que é um revestimento de poder para quem já é salvo) com o batismo realizado pelo Espírito no momento da conversão, ao “mergulhar” o novo crente no Corpo de Cristo, a Igreja (1 Co 12.13). Insisto: o irmão precisa estudar mais, em meditação, a Palavra de Deus, antes de tirar conclusões precipitadas.

Portanto, como se vê, não sou eu quem tenho de me despreender do assembleianismo, e sim o irmão quem deve abandonar o falacioso cessacionismo. Aliás, pela sua argumentação, vejo que o irmão, se é mesmo assembleiano, é apenas nominal, haja vista não ter entendido nada do que significa o pentecostalismo clássico e bíblico. Mas não me tenha mal pela sinceridade.

Em Cristo,